quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

"Onda de Missões "



Onda de Missões

A Primeira Onda de Missões se deu na Inglaterra, em 1792, através de William Carey, considerado pai do movimento missionário moderno. Esta onda alcançou as regiões costeiras do mundo.

A Segunda Onda de Missões nasce através de gente como Hudson Taylor e C.T. Studd, e seguiu alcançando as terras desconhecidas no interior dos continentes.

A Terceira Onda de Missões é esta é essa na qual tem vivido a maioria de nós. A pessoa que realmente deflagrou este movimento mundialmente foi Dr. Ralph Winter durante os congressos de Billy Graham em Lausanne no início dos anos 70. Nela foram definidas certas terminologias e conceitos de missões que todos nós conhecemos, tais como: Povos não Alcançados, Janela 10×40 e outros.

Contudo, temos a impressão de que, neste exato momento, vivemos entre duas ondas. Já podemos perceber o emergir da Quarta Onda. É disso que tantos líderes e missionários têm falado com o coração cheio de empolgação e expectativas.

Nos anos 90, no auge da Terceira Onda, a taxa de crescimento da Igreja ao redor do mundo girava em torno de 7,0%. Depois da virada do milênio, esse número caiu para cerca de 1,8%. Já há alguns anos atrás, esses números começam a mudar, crescendo novamente. Sinto que isso foi como uma pausa para nos permitir recuperarmos o fôlego antes de pegarmos essa próxima onda.

Um fator de grande impacto é a mudança no cenário mundial por causa da globalização e da Internet. Tudo muda muito rápido. E a velocidade dessas mudanças continua em aceleração constante. Sabemos que a Internet hoje possui tantas conexões quanto um cérebro humano. Em mais 5.000 dias, ela terá alcançado a marca de tantas conexões quanto todos os cérebros humanos juntos na face da Terra.

Mas, como será esta Quarta Onda?

Eis algumas idéias pessoais sobre isso, apesar de que acredito que as coisas podem ser também diferentes do que exponho aqui.

Em primeiro lugar acredito que será uma onda com todas as gerações trabalhando juntas. Nós todos conhecemos o valor de jovens indo para missões. Se vamos a uma conferência missionária e alguém faz um apelo, a esmagadora maioria dos que vêm à frente é composta de jovens. Eles erguem as mãos e choram. E oram dizendo: “Senhor, eu te dou tudo que tenho por missões!“. Na verdade, a grande maioria desses não tem lá muita coisa mesmo… Mas, é exatamente esse o ponto: eles estão prontos para ir. São flexíveis, aprendem bem, têm um espírito de aventura. Não possuem nada que os prenda. Mas, também entendemos que precisamos envolver as crianças. Precisamos alcançá-las, especialmente porque a maioria das pessoas é salva ainda quando criança. Mas, não podemos colocá-las em algum clube esperando que se tornem adultas. Precisamos lhes dar participação significativa. Temos os mais idosos também. Costumamos comparar isso com uma corrida de revezamento em que passamos o bastão para a próxima geração. Mas, se é dessa forma, a antiga geração tem de, vez por outra, parar de correr. Mas, ninguém quer que paremos de correr. Pelo menos, isso é o consenso entre nós, velhos corredores…

Penso que isso não deveria ser visto com uma corrida de revezamento, mas sim, como uma maratona em que cada um de nós carrega uma tocha acesa durante o curso da vida aqui na Terra. E a minha geração acenderá a tocha da próxima geração. Eu não entregarei a você a minha, mas, depois de acender a sua, seguirei minha jornada com ela até o fim. Teremos todas as gerações correndo juntas.

Será uma onda verdadeiramente internacional. Não teremos “Nativos”, “Afro-Brasileiros”, “Europeus” ou “Americanos”. Teremos cristãos trabalhando juntos, obedecendo a Deus como irmãos, ombro a ombro, ganhando o mundo. Hoje, em números, Jocumeiros vêm primeiro dos Estados Unidos, seguidos pela Coréia em segundo lugar, Brasil em terceiro e pela Índia em quarto. Em breve, acredito que o primeiro lugar será ocupado pela China.

Será uma onda globalizada. Com a democratização de recursos, conhecimento e da Comunicação, todos podem fazer a diferença. Precisamos usar efetivamente essas ferramentas de Tecnologia. Isso será uma oportunidade de ministério para muitos jocumeiros, a partir dos quais, podem surgir lideranças dos lugares mais improváveis do mundo.

Será uma onda onde a Oralidade será enfatizada como nunca antes visto. O que descrevo como Oralidade não é necessariamente o que os Missiólogos descrevem agora. Oralidade significa para mim a adaptação que você faz da sua mensagem de uma forma tal que seja compreendida. A maioria das pessoas guarda histórias com mais facilidade que roteiros, listas e informações lineares. Pessoas guardam na memória poemas, música, ou um bom vídeo. Nesse tempo, é nosso desafio fazer a nossa mensagem passível de memorização. O mundo globalizado tem um termo que descreve bem isso. É a chamada mensagem viral: algo que se espalha pelo mundo, sem que alguém necessariamente esteja empenhado para promovê-la. Há algum tempo atrás, estive num lugar remoto, na região do Himalaia, no meio do nada. Nenhuma igreja, ninguém pregando o Evangelho. Tivemos oportunidade de seguirmos até o Tibet. Na medida em que nos aproximávamos da fronteira, fomos parados várias vezes para a verificação de documentos. Mas, um dos guardas olhou o passaporte de uma das pessoas que estavam comigo, cujo nome é Michael e, imediatamente, exclamou: “Michael… Michael Jackson! I’m Bad, I’m Bad…!” Confesso que fiquei envergonhado… Por que o Evangelho ainda não havia chegado onde Michael Jackson já estava? Precisamos de uma mensagem de natureza viral, e apenas Deus pode nos dar essa criatividade.

Será uma onda que romperá com estruturas meramente eclesiásticas, sendo carregada por pessoas em outras esferas. Esse será o nosso grande teste, pois, até hoje, fazer missões, sempre foi um trabalho das agências missionárias, de algumas igrejas locais, ou de modalidades. Mas, sempre sob o controle eclesiástico. Precisamos abrir mão desse controle, para que isto aconteça. Entender o espírito de João Batista, diminuindo para que Ele cresça, seja visto nessa onda, uma vez que veremos políticos, músicos, homens de negócios, intelectuais, etc expandindo o Reino de Deus pelo mundo afora.

Será uma onda de abrangência e orientação mundial. Não existirá mais a mentalidade de que apenas alguns países são “campos missionários”. Todos os países precisam de mais do Reino de Deus. Não perderemos o foco nos não-alcançados, iremos onde ainda não estamos. A maior injustiça no mundo é a de que muitos ainda não ouviram o Evangelho e precisamos consertar isso. Mas, veremos todos os países como campos missionários.

Será a onda de todos. É o momento a que chegaremos a todos, em todos os lugares, em todas as esferas, a todas as gerações. Se Michael Jackson pode chegar ao Himalaia, nós podemos alcançar a todos.





1. Precisamos de um senso de entendimento do presente momento que vivemos em Missões. Esta nova onda não anula ou exclui a anterior, mas sim, a complementa. Precisamos ter os olhos abertos para enxergar a visão de Deus, ver o mundo ao nosso redor com nitidez. Precisamos ter ouvidos prontos para ouvir e receber direção de Deus. Discipular nações é algo muito complexo para que façamos por nós mesmos. A única maneira de estarmos preparados para isso é ouvindo a voz de Deus e obedecendo.

2. Precisamos ser co-criadores com Deus. Precisamos de inovação constante. Hoje, no mundo empresarial, corporações atualizam sua imagem a cada quatro anos e nove meses. Essa é a velocidade de mudança no mundo. Para competir com esse ritmo, precisamos ser co-criadores e não criarmos nós mesmos. Transformar nossas equipes em um modelo de sinergia e dinamismo criativo. Esforços solitários não serão capazes de seguir adiante por muito tempo. Precisamos uns dos outros.

3. Precisamos de fome e sede de novas idéias e métodos mais efetivos. É uma época muito ruim para sermos pessoas que simplesmente “sabem como fazer”, porque, se você sabe como fazer, fatalmente não irá aprender. Mas, é uma época muito apropriada para aqueles que desejam aprender. Precisamos depender unicamente de Deus, respondendo em obediência à sua vontade, dizendo: “Senhor, não sei como isso será feito, mas, se é a Tua vontade, eu farei”.

Claro que um extenso número de outros itens pode ser acrescentado a essas considerações. E como disse, muitos deles, são coisas que já estão contidas no DNA de Jovens Com Uma Missão. Tenho um profundo sentimento de que Deus esteve nos preparando durante esses 50 anos, guardando-nos para vivermos um tempo como este.
Deus abençoe!!
Paz do Senhor Jesus!!!!

Um comentário:

  1. Querida, voce quando postar palavras de outras pessoas, se faz necessario colocar entre haspas; e no final de que site tirou com o nome da pessoa. Pois assim fica parecendo que saiu da tua adoravel cabecinha!

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